quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

a nova personagem

Eu quero ouvir aquele toque de mensagem. Eu quero olhar nos olhos de alguém(ns), mas quero, além disso, que olhem nos meus olhos, e tudo isso em frações de segundo, por várias e repedidas vezes, enquanto caminho com pressa de buscar esses olhares que se encaixam aos meus, e sem nenhum outro propósito.
Eu quero ser mais visitado, mais lembrado, mais desejado e por todas as vias de sentido possíveis. Quero que meu nome seja dito em lugares que nunca foram. Que meu cheiro fique (mente e matéria) aonde nunca permaneceu. Que os meus não façam sem mim. Quero como sempre que seja como nunca foi. E apesar de tanta vontade, creio que a barreira invisível seja inevitável.
Por e para tanto, serei outro, e por mais complicado, desta vez minha personagem há de transbordar por todos os lados, cobrindo aquilo que até então não tinha cor e nem graça. E eu os terei, em detalhes que já cultivo e em novos truques, dentre tanta ausência e decadência que me rodeia, sem ofensas, apenas me cobro demais.
E que o brilho da visão que recebo enquanto a ausência da sobriedade se faz presente possa se tornar o brilho comum dos meus olhos. Ou, no mínimo em fatos concretos, que eu perca o medo de fugir da normalidade, afinal essa não me causa mais nenhum gosto.

sábado, 20 de dezembro de 2008

lágrimas que fogem

Havia tanto tempo em que eu não chorava.. [uma semana não é muito tempo]. Não deste jeito. As lágrimas gritam através dos saltos que acontecem de dentro de mim, e para fora, sem nenhuma força contra ou a favor; naturalmente. O motivo sou eu, e os outros, e tudo que acontece num solitário dia de confraternização. Não posso mais contar quantas vezes eu já vi esta cena. Um quarto vazio, coisas por fazer e revirando ainda mais toda confusão. Eu, e nada mais. Música, um momento de prazer e acefalia, e tudo recomeça.
As lágrimas correm com mais força quando sentem que só existem por não existirem momentos para sorrir, ou para serem relembrados com alegria. Elas têm razão em querer livrarem-se da cumplicidade de uma vida de lacuna. E tudo isso tira de mim mais um pouco da minha vontade e da minha possível coragem, que saem transparentes e morrem numa rápida tentativa de darem certo.
Isso muito me assusta, porque este segundo, e mais esse, e esse que virá, serão todos mortos sem nenhuma causa e nenhuma alegria. Muitas de minhas células morrerão, logo partes de mim, sem vivenciar nenhum fato de orgulho. Assim como a maior parte de uma vida oprimida por mim mesmo. Pelo medo da reprovação, que tive, e não mais desejo.
Porém espero, por mais vezes e com mais força, chorar minhas nobrezas e morrer por mais vezes, para que eu possa ainda nesta vida, ter uma nova. Para que a dor me transforme em algo que eu sonho ser, não o oposto de mim, mas alguém que tem mais vontade de não ser indiferente, pelo menos para mim mesmo, e que as próximas partes minhas que se forem, tenham em um adjetivo bom, tal qual intenso, ou feliz, a definição de suas histórias, fases de minha vida.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

códigos

Eu ouvia Adriana Calcanhotto enquanto aguardava no trânsito lerdo das ruas invisíveis que eu nunca, sequer, pude imaginar. E aguardava durante horas, com toda a imobilidade que eu, de fato, não tinha. Flagrei-me preso na rede que limita o que penso. Pelo menos eu pude ver.
Todos esses dias eu tenho sido somente seqüências. De números, senhas e códigos, nada além. Nada além do necessário, o necessário para mergulhar nessas ruas. Ruas que me cegam com um claro branco que não me permite ver as trajetórias, mas somente os destinos finais. Nada é realmente o que eu posso ver. Tudo são códigos. Códigos que usurpam e transfiguram a realidade. Você (eu) não deveria confiar neles.
Você perde o seu tempo, todos os dias, e todas as horas que ele tem, e todos os minutos que tem as horas, e os segundos e suas frações.. enviando, recebendo, sendo, seqüência de números, senhas e códigos. E no fim você já acredita que pode ser o que você vê nas ruas, nunca!
Mas continue se enganando, essa é uma forma, mesmo que ainda assim contida (como você é patético e covarde!), de ser o que você gostaria de ser. Mas, no mínimo, não tenha medo da conclusão: Você só se faz ideal na mentira, em códigos..

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

cheiro do medo

Eu não tenho medo das pessoas. Eu tenho instinto. Instinto contra o(s) desconhecido(s). Instinto e um bocado de experiências. Não seria espantoso para mim qualquer tentativa de perturbação que eu pudesse sofrer. Seja um grito para me assustar, mãos que possam alterar meu equilíbrio ou minha temperatura, ou gargalhadas que possam ecoar em minha mente. Nada disso me seria surpresa, pois, sempre que estou sozinho pela rua, o cheiro do medo é o que meu corpo exala e é o que me rodeia. Do medo. É o sentimento base da reação que teria a qualquer tentativa. Por que o medo, e não a cautela? A pergunta é respondida por um exemplo: Quando sinto que devo temer, é quando fico à flor da pele, quando aguço meus sentidos para evitar o susto, é que eu me fragilizo e aí então o susto me toma por inteiro, mais do que se estivesse distraído. O fracasso. E por que tudo isso? Mais uma vez, essa é a minha natureza.
Quando estou nas ruas sem motivos, é como se a necessidade do medo fosse ativada. E não importa o quanto eu queira, eu não consigo ser mais forte do que minha sensibilidade e minha atenção à volta. Divido-me em três. O medo infantil que grita, chora, arranha, encolhe e esconde e busca segurança, sem harmonia social; a estabilidade e o intermédio com o mundo externo que dá gestos ao meu corpo, tornando cada movimento em cálculo, e vice-versa, procurando equivaler ao que se vê; e o receio, cautela, que arregala os olhos e sensibiliza o corpo e o que se sente, buscado reagir aos repugnantes possíveis pensamentos ou arapucas alheios.
Nenhum de nós (três) consegue enxergar que o ego é o maior erro, talvez a segunda pessoa, mas, logicamente, os dois errantes conseguem maior espaço, e a minha vida tem sofrido danos desde os surgimentos das minhas faces características.

domingo, 7 de dezembro de 2008

as marcas não são as mesmas

Hoje eu vejo a cidade com um olhar de quem por fim descansa os pensamentos e as visões em coisas reais, concretas. Eu vejo as minhas ruas diferentes, os cenários mudaram, as ruas e os detalhes agora são outros, tornaram-se marrons, e o marrom, que por sinal nunca me interessou, hoje me diz ausência de vida. Não morte. Agonia, desalento, abandono, desistência..
As marcas estão em todo lugar, embaixo dos calçados, nas calçadas, nas roupas enlameadas, nos pulmões que respiram poeira, nos olhos que ardem, nas mãos que secam e nas peles que se sentem imundas. Na lama que soterra não só aquilo que é tateável, mas também muitos de nossos sonhos e alguns sentimentos, gerando outros.
A tristeza e o medo estão no marrom das ruas, na ausência de pessoas e nos postes que apagados ou caídos; ou quem sabe nas fortes histórias. A sensação de andar por esse cenário e de ‘idealizar’ as histórias gera dor, brutal, atípica, que mexe com as barreiras do sentir, de forma que nunca imaginei, e não quisera.
Ser família hoje foi o melhor ‘eu te amo’ que poderia ouvir ou quem sabe o melhor carinho que meu corpo desejava. Estar na confusão do ouvir tudo e entender nada, das risadas até sem motivos, do gosto que as coisas só adquirem quando estamos juntos, da notícia de pessoas que eu nem conheço, mas muito me interessa, da imagem que guardo em mim mesmo de sorrisos de quem eu quero sempre ver sorrindo. Foi comum e especial. Da nossa maneira, diferente – mas nem tanto – sem palavras bonitas, sem gestos de afeto, o nosso ‘como sempre’ que sempre nos dá a certeza do amor presente.
Foi-se o tempo das lamentações, porque até as marcas já estão transformando. Hoje é tempo de valorizar o que restou de uma forma que nunca fizemos antes. Nós que ainda estamos aqui temos esse privilégio de sentir novamente e com mais força todo o sentimento daquilo que nos restou, e tenho certeza que o faremos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

meus monstros

Incapacidade. Falta de intensidade. Vida rápida. Medos.
Sinto que meus dias passam. Não como passam os seus. Mas como uma folha, em trajetória de desapego de uma árvore rumo ao chão: rápida e vã, despercebida entre tantas outras folhas no chão de um jardim. Sinto-me afogando na ampulheta, imóvel, tomado pela areia que a cada novo respirar me engole mais uma parte. Sinto o desespero perante a incapacidade (que criei) de não poder controlar as novas marcas que surgem sem parar por todo meu corpo.
Meus dias são privados, isolados, seqüelas de judiações que sofri e que presenciei calado. Além da super-proteção que me ensinou que se há algum risco, melhor não tentar. Hoje olho meus pais, e vejo que a ousadia da tentativa incerta é o que lhes faltou para serem felizes. Vejo também que estou tornando-me um deles. O medo do escuro me ata por inteiro, mas aguça todos os meus sentidos, que pedem uma, sequer uma tentativa. Sem resultados.
O meu interesse em ser aquilo que gostaria, em dominar o que me fascina, me torna impotente. Mas a repulsa em querer estar longe do que via nos espelhos do meu passado fala mais alto. Logo, não sou isto e nem aquilo. A incapacidade me fere feito furo de agulha. Forte, breve, mas sobretudo não mais se deseja sentir na vida. E por isso não costumo me arriscar.
E meu medo maior, gerador de meus suicídios tão freqüentes (materialização de minha fuga, afinal, não se pode sentir duas dores ao mesmo tempo; assim crio e contemplo mil chagas por toda minha parte) é a tentativa frustrada. A minha maior e melhor defesa é a palavra que disparo como tiro de arma, sempre que questionado. “Eu não dei o meu melhor, se quisesse, faria mais.” Mas toda defesa é contestada por quem a defende, em algum momento, no escuro, no silêncio, no vazio. “E o meu melhor, seria suficiente?”.

sábado, 29 de novembro de 2008

Espelhos

I- Confesso que eu nunca estive satisfeito com o que vejo nos espelhos, todos, por toda minha vida. Recordo-me do meu primeiro espelho. Moldura de alguma madeira escura, simples mas bela, gosto até hoje. Espelho clássico, cheio de curvas e de modelo arredondado – modelo sim, porque design é conceito dos atuais. Passava muito tempo na frente dele, na inocência de não saber usá-lo. A infância me faz muita falta hoje.

II- A perda da inocência tornou-se pecado, e em seu lugar, a repugnância e a culpa por tê-la deixado escapar. Se eu tivesse descoberto que a culpa não foi minha seria tudo mais fácil. Eu queria, então, fitar os olhos no meu sorriso refletido, durante horas, de forma que não causasse estranheza para mim, e sobretudo para os outros. Para tanto me trajava homogêneo, afogando-me com fantasias e máscaras e falas decoradas e entonações nem um pouco distintas. O meio era cruel e a solução foi impensada. Mas a culpa me manteve calado, omitindo eu mesmo. Os espelhos eram outros, e eram tantos.. e eu já não podia reconhecê-los.

III- Mas o meu afogamento gerou rebeldia desordenada, intensa, e num ato em busca de ar, sobrevivência, despi-me de tudo que me cobria, arremessando cada peça em direções diferentes, uma delas atinge o espelho, rachadura, e por fim o maior baque: eu olhava o primeiro espelho que me permitia ser inteiro, e via um corpo nu, amorfo. Por baixo de todas as fantasias que montei, fantasias que tentei ser, durante alguns anos, não havia ninguém, não havia cicatriz, não havia nenhuma marca. Assim começa a minha vigília, partindo da primeira e única certeza: não quero ser como quem me rodeia.
Uma imagem formada diz quem você é e com quem deve andar; é a forma primitiva de criar raízes, de abrigar-se na tempestade dos dias, de não ver sozinho as loucuras mundanas. E eu enlouqueci. Sem perceber, quebrei um pequeno espelho e a busca era tão intensa, tornou o fato imperceptível: ajoelhei-me diante dos cacos, rasgando a pele das mãos, dos joelhos, o coração, e a pergunta que até então era sussurro, tornou-se grito. Entre cacos, sangue e lágrimas, só uma pergunta se ouvia repetidamente: quem? Depois a fotografia da cena, calmaria, e com o tempo, a descoberta.

IV- Após o delírio a imagem ia, aos poucos, se formando. Mas quiseram as forças maiores que eu me apaixonasse, e diante da imagem amada, minha forma enquadrada no espelho, que estava descobrindo(-se) com sorrisos, ficava menor, incompleta, defasada em muitos pontos. A cada olhar, a cada espelho, via a deformação, cada vez mais acentuada. Eu não queria mais me ver, queria ser visto. Espelhos cobertos, ‘sem importância’. Estava eu me tornando reflexo de quem eu venerava. Na busca pela resposta do amor, queria ser sua imagem bonita no espelho, a confirmação, a resposta que não tive. Mas no silêncio, no vazio da minha presença e nada mais, o que cobria o espelho caía, e meu reflexo me envergonhava novamente. Forçava-me amá-lo e eu não tinha o mesmo propósito. Mas as forças maiores me desencantaram.

V- Não me recordo quantos espelhos já vi, quantas imagens distorcidas já tive de mim mesmo, quantas formas e tamanhos e necessidades.. Com a imagem mais límpida a cada novo espelho, aprendi a brincar com meus reflexos, e gradualmente a utilizar cada um em seu momento adequado. Penso hoje que os espelhos que tenho me respondem do jeito que gostaria. Passo longos e intermináveis minutos em frente, olhos nos olhos e assim por diante.

Você pode apalpar a imagem do seu espelho ideal? Alcança seu reflexo? Cuide-se: espelhos matam.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

algumas coisas que me intrigam


Quando será que eu vou poder, mais uma vez, andar nas ruas depois das dez? Quando, novamente, eu vou poder fazer piada, mostrar que de fato eu não me importo tanto assim e que não estou abalado? – não o quanto dizem que eu deveria estar.
As novas histórias de morte(s) e/ou perda(s) estão passando sem parar na TV. Das seis e trinta às oito horas as primeiras pessoas do dia chorando suas perdas materiais. Logo ao meio dia, pessoas chorando a perda de suas pessoas queridas. Uma e pouco, as pessoas choram nos abrigos. Às sete e quinze as pessoas ilhadas acenam aos helicópteros. Às oito da noite os voluntários exemplares são exibidos, e por fim, no início das madrugadas, as reprises, ou não. O choque a cada nova história é inevitável, mas é só mais uma história e não é a minha! Infelizmente, ou não, eu não estou demasiado comovido.
O sensacionalismo das notícias espreme lágrimas de rostos limpos, e para quê? Tem algum propósito saber o que aconteceu com as pessoas que não se faz idéia de quem sejam? Pra mim não. E certamente, receber uma notícia ruim pela televisão está longe de ser a melhor forma. Creio que isso seja sensacionalismo por ele mesmo.
Morte acontece, tragédias acontecem diariamente. Por que o sofrimento e a vontade de ajudar (e eu falo da vontade de ajudar, e não do ato em si, porque reconheço as questões distância, grau de dificuldade do problema, etc.) se tornam tão ‘obrigatórios’ quando o problema está diante de nós? Céus, quantas pessoas morrem no oriente médio por conta da cegueira de uma fé distorcida? Quantos brasileiros perdem a vida na violência de nossas cidades, no perigo de nossas rodovias? Quantas pessoas morrem na África de diversas maneiras, inclusive por meio da fome? E isso tudo, que julgo ser de uma gravidade tão séria, se não mais, não nos causa espanto. Somos obrigados a ‘forçar a barra’ por ser uma catástrofe com a NOSSA Santa Catarina. Que pensamento nojento, vidas são vidas em qualquer lugar, com a mesma importância.
A hipocrisia do luto forçado me enerva de uma forma incomum. Eu estou nem triste e nem feliz e gostaria do direito de poder sê-lo sem olhares repressivos. É assim que me sinto e não estou a fim de sofrer nenhuma dor inventada.
Não pense que não estou colaborando: garanto ser um dos que mais está poupando água, além de me preocupar e participar das doações. Mas ao mesmo tempo, quero poder seguir a minha vida, com os meus assuntos e com as minhas coisas. A natureza foi e é severa e inevitável. E lembremos que estamos colhendo o que plantamos, e infelizmente, esse é o preço, justo ou não. Agora, sigamos. Como diria o poeta, porque o tempo não para.

quando eu ainda te amo

A minha caixa de coisas velhas, que estava escondida e proibida, em qualquer canto, caiu: rompeu-se diante dos meus pés e contra minha vontade. Todas as músicas, as sensações, os filmes de horror que só existiram em minha mente, as visões surreais do mundo, o choro, o desespero, os braços e o coração trêmulos, vieram à tona novamente. E tudo isso volta a fazer sentido pra mim agora. Ouço as músicas e canto suas letras de desamor e volto a sentir realmente o que eu sentia há meses.
A espera e a expectativa também voltaram. A febre de rejeição sequer decifra minhas portas fechadas: toma-me e desrespeita o mecanismo de minhas portas, me trancando de qualquer outra coisa se não minha dor: como se nada além disso tivesse importância. E os disfarces ficam vãos. E a atenção é toda sua e as palavras em volta soam estrangeiras, sem sentido. As outras pessoas perdem a importância. Os acontecimentos perdem a importância. Eu perco a importância – e o sentido também.
Não queria culpá-la, mas a culpo. Afinal, se não é minha responsabilidade, deve ser sua, neste jogo a dois. Culpa de suas meias palavras e de suas brincadeiras (não) intencionais. Culpa de seu complexo de fênix: você some assim que pode e reaparece quando precisa, coincidentemente, momento em que quem não precisa mais, sou eu, de você.
Pelo menos achava que não precisava. Mas a caixa onde eu guardei, com todas as dificuldades, todas as músicas, as sensações, os filmes de horror que só existiram em minha mente, as visões surreais do mundo, o choro, o desespero, os braços e o coração trêmulos, inflamou. Meu intento era apagá-la da minha memória, era esquecer aquilo que eu nunca mais desejei lembrar. Mas a verdade é que eu não consigo te odiar, com força, e a minha maior fuga surge quando penso que eu ainda te amo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

quando escrevo meu punho dói.

Quando escrevo meu punho dói
Minhas veias, tendões, músculos, cartilagem, dedos.
Quando escrevo me faltam palavras
Quando escrevo eu acelero, fico tenso
Todavia quando leio, eu quero escrever.
Quando escrevo o céu aumenta
Vejo mais estrelas quando escrevo
E os sonhos parecem maiores
Porém o medo cala minha boca.
Quando falo, não sou lírico
Quando falo, me perco na rapidez dos movimentos
E ainda quando penso sou confuso e deslembrado
Mas quando escrevo, digo o que quero e do jeito que eu quero.
Quando escrevo eu formalizo
E sem vergonha de fazê-lo: contrário.
Quanta ironia: um paradoxo
Garotos que emudecem,
Falam muito e falam bem,
Caneteando, digitando, anotando, rabiscando, desenhando:
Diga pouco,
para que um dia digam de você,
que tudo que você dizia
era coisa bonita de ser dita.

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"tô bróxa", minha gente, estou "bróxa"!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

vontades


sensação

sen-s-ação

sem ação.


Vontade. VON-TA-DE. É bom até de falar. Por sinal, quando essa está em minha mente, sinto minha boca mais molhada que o normal: é a vontade, exigindo lubrificação para poder passar e sair de minha boca, e se tornar palavra. Exigência que está longe de ser recusada.


Vontades. Secretas, deliciosas, indesejadas, realizadas, bizarras, nojentas, escondidas, provocadoras, insones, prazerosas, pecaminosas, aliciantes e tudo que se puder sentir, elas serão a alguém, algum dia.


E meus olhos se abrem não comumente, de um mesmo jeito que minha pupila se dilata e na mesma rítmica que meu coração acelera, tão veloz que posso ouvi-lo sem querer. São minhas vontades que de tão ocultas e ocultadas, periodicamente quando se tornam insuportáveis, queimam-me o peito, fazem arder os pontos de prazer e de pecado e torturam minha cabeça, fazendo desse mal e bem estar, súplicas por realização.


Afinal, de que seriam as realizações sem as vontades? O prazer não seria tão prazer, e a vitória não teria este sabor de orgasmo. Entretanto, de que seriam também as vontades sem as realizações? Pergunte-me.

domingo, 9 de novembro de 2008

Vá com deus!

A tempestade interna é uma fábrica de sonhos. Quando penso em tudo que quero, quando entendo o que se decodifica diante de minha mente, o coração sorri espontâneo. Imagino que os olhos brilhem mais nesses momentos, e a nova busca vai se concretizando, estou tão feliz!
Hoje cheguei a muitas conclusões.
Sou uma pessoa diferente da maioria, caso contrário não viveria entre tantas mudanças, dúvidas, crises existenciais diárias, etc. Diferente também de quem eu imaginava ser, em meio a uma nova metamorfose, pois sei que não tenho o dom da escrita, da atuação: talvez agora eu não esteja pronto pra ser artista. A alma é essa, mas a idéia tem de evoluir.
Com o mesmo “tipo de pessoa” que sou hoje, existem mais algumas. Nós não temos paixões arrebatadoras, não temos grandes preferências, não temos um motivo especial para morrer por. Fazemos bem o que nos cabe, sem gostos ou desgostos, e em alguns momentos nos questionamos o que realmente estamos fazendo. Nós vivemos, e depois da erupção, buscamos mais. Buscamos muito. Cada um com sua especificidade. Eu quero mais da vida, eu quero mais assunto, mais inteligência, mais experiência, mais pessoas, mais conversas, lugares, gostos e saudades.
Imaginem que descobri finalmente o que quero de minha vida: nada! Nada além do que já tenho em mãos. A inquietude do aprender. E tudo vai se movendo em busca de um mesmo objetivo: o querer ter. Por ter sido uma criança mimada, e considero isso um ganho, quero tudo, e agora. E assim o farei, se me for possível: em busca do meu nada, que tão indefinido e revelador é e será.
E que a nova estrada se construa. Que os meus passos sejam proveitosos, que a caminhada seja longa e positiva, e que meus caminhos sejam satisfatórios. Que eu tenha uma boa sorte e uma bela trajetória.

*Dreams – The Cranberries.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

1:31:43

Essa sensação novamente. Odeio-a. A vontade de me transpor para uma realidade que não é minha, que nem se quer é realidade, transborda e atormenta silenciosa e invisivelmente. E a sensação é indescritível, talvez decifrável: leva-me, deixe-me ser, deixe-me estar neste lugar. E tem forma: esfera oca, transparente e avermelhada, muito brilhante, que se inicia dentro do meu peito, seguindo às poucas carnes, à pele, aos pêlos; para fora. Faz-se grande, para fora. Cresce, pára a altura do nariz. Ruma aos meus pensamentos, duvida de minha força mental. Mas, que ousadia! Como é imbecil, como é grande e repugnante! Como se exalta! E, meu deus, como é bem sucedida! E se ao menos perfeita fosse, eu posso enxergar seus erros, mas não consigo senti-los com essa intenção! Sob que feitiço me encontro?
Tenho medo. Amanhã, reconheço, é dia de insolação, horror. Amanhã e os outros dias. Não há o que fazer, não há por onde fugir. Rendo-me, e sinto essa sensação mais freqüentemente, ou esqueço. Nada seria tão fácil.. o ócio seria tão fácil. Mas a minha inquietude, minha paixão curiosa está desperta agora. Talvez não haja mais volta.
Mais uma taça dessa sensação, talvez mais uma garrafa, e eu saberei como, por que, e de que maneira. Ah, eu o quero intensamente. É só uma questão de tempo, assim espero, enquanto vou à caça de seus motivos. Que a caça seja farta e o segredo desvendado. Não é a minha maior solução, mas encurta parte desse novo vazio que encontro em mim mesmo, diagnosticado definitivamente à segunda madrugada de terça-feira, 04/11.
Esses novos sentimentos podem mudar toda e qualquer noção estabelecida até então. Quebrando meus métodos, tão prezados, rompendo minhas convenções, até as mais recentes. E agora, o que será? E depois, o que será depois? Essa provocação, esse turbilhão em meus devaneios me assustam, e me acrescentam. Como diz a frase, o que é pra ser, será.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Má fama

Sempre foi uma das minhas prediletas. É o que me vem à cabeça quando penso em gramática, matéria. Isso porque gosto das tão presentes regras, que fazem a gramática metódica e ao mesmo tempo estável e invariável, ou quase. Falando sobre sua natureza estável, quem não gosta de estabilidade? Ou deveria dizer, eu gosto de estabilidade.
Mas voltemos à gramática. Nela, nem tudo são flores. As tão odiadas exceções espalham a má fama da coitada da gramática. Mas convenhamos, a gramática é clara, o problema está nas exceções! As vezes até mais presentes que as regras, tiram o sono de qualquer estudante ou de qualquer vestibulando.
Outra pedra no sapato são as regras em desuso. Por exemplo, a mesóclise. O nome estranho já assusta, mas a aplicação causa mais pavor. “Levar-te-ei os documentos”. É o correto, mas poucos sabem disso, e os que sabem pouco utilizam. E vilãs como essa, a gramática tem várias. A crase, o uso do trema, entre outros que nos deixam cheios de dúvida e fazem a gramática ser tão mal falada.
Não sou um profundo conhecedor da nossa gramática e freqüentemente me vejo cheio de dúvidas quanto ao uso disto ou daquilo. Mas apesar disso (e não disto), e de todas as complicações que são postas à gramática, julgo importante conhecer a estrutura da nossa língua. Ouso dizer, ainda, que a má fama da gramática é coisa de faladores que não a conhecem bem.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Desculpe-me.

Mas quando bebo, lembro-me de algumas coisas. Àquela noite, tive más lembranças de você.
Quantos meses foram deixados desde então? E ainda não compreendo como isto aconteceu, não sei ao certo quando e nem de que maneira.
Eu deixei você pra trás. No começo, simbolicamente, não querendo você por inteiro: somente seu corpo. E dessa vez eu o tinha, não como antigamente que me deixavas à vontade. Talvez por um medo seu de me perder por inteiro. E depois, te deixei num ato simples. E sinto que aí foi nosso final: o triste final do nosso drama, e o início da minha nova liberdade.
Por quantas tentativas fracassadas eu lamentei? Quantos sonhos eu me obriguei a criar, sem nenhum sucesso e sempre voltando a você, com a alma suja e a cara envergonhada. Vergonha de mim mesmo, sem vergonha de você.
Tudo isso. Tudo pra nada. Foi naturalmente, assim como o meu fascínio repentino por você. Ah, quem me dera saber antes que esse seria o fim.
A falsa amizade é o que ficou, pateticamente. “Sem ressentimentos”, que ironia! Tenho pena de nós mesmos a qualquer contato que mantemos. É plástico, e não faz mais sentido.
Eu confesso que a vontade física até hoje me desperta alguma coisa, forte, da cabeça aos pés. Mas passa.
E tantas recordatórias somente pra te dizer que fui, sim, hostil àquela noite. Não quis ver você, e o sorriso amarelo foi nada mais do que cumprir as formalidades sociais. Nada proposital, entenda, é somente a lucidez do álcool. E receba um conselho: não confie mais em mim. Lembre-se também que eu não mordo mais suas iscas baratas, mas elas são estupidamente engraçadas para mim, portanto continue! Enfim, saiba que por mais complicado que ainda seja, eu já posso reconhecer quem você realmente é.
Não me importo mais, não quero que seja feliz nem triste, eu nem faço questão de que você seja. Pois isso pra mim já passou.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

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sem tempo!
sem tempo nenhum, e com vergonha disso tudo que eu escrevo
acreditem vocês, cheguei a achar que eu sabia escrever, enfim, isso me envergonha, porém me motiva..
as coisas estão mais calmas, e mais decididas. Pelo menos por enquanto.
Consegui aquilo que eu queria! =)

e como me disseram, coincidências não existem: há uma razão e uma explicação para tudo isso que aconteceu.

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Agora, dê-me tempo, deus!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

back to black

eu não quero novamente
estou com medo
medo
dome
controle suas sensações
entre no seu mundo de sensações
"bote a mão na ferida"
conheça seus medos
invente mentiras
acredite nelas
ou
mude
destrua o que te mata
construa o que lhe dê vida

As paredes do meu quarto já ouviram demais, já viram demais, já foram acariciadas, já foram arranhadas, já foram socadas. Tudo já foi feito. De novo não, livra-me desse tormento.
Eu já experimentei a tristeza de vários modos, eu já me fragilizei demais. De novo não, livra-me desse tormento.

Tira a loucura de dentro de mim. Afasta essa insanidade dos meus pensamentos, para que eu possa me esquecer pra sempre, ou faça-me vivê-la de qualquer modo para que eu possa conhecê-la e ser parte dela. Isso. Faça isso. Torna-me o mais feliz e o mais instável.

Liberta-me da prisão que estou espontaneamente. Quem mais gosta de mim levou-me até a porta. Mas eles são cegos, e eu vejo muito bem. Eu preciso pensar. Eu preciso de intelecto, para mim, criatura ingnorante e ao meu redor. Liberta-me dos métodos plásticos sem serventia; traga luz e supra minha carência de luz. Liberta-me.

construa o que lhe dê vida
destrua o que te mata
mude
ou
acredite nelas
invente mentiras
conheça seus medos
"bote a mão na ferida"
entre no seu mundo de sensações
controle suas sensações
dome
medo
estou com medo
eu estou novamente
buraco sem fim
não se sinta seguro
queda
medo
sem fim
final sem fim
morte

domingo, 12 de outubro de 2008

Esquadros

Eu ando pelo mundo prestando atenção
em cores que eu não sei o nome
cores de Almodóvar
cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
e como uma segunda pele, um calo, uma casca,
uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
pra sinalizar o estar de cada coisa
filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
chorando ao telefone
e vendo doer a fome nos meninos que têm fome

Pela janela do carro
pela janela do quarto
pela tela, pela janela
(Quem é ela, quem é ela?)
eu vejo tudo enquadrado
remoto controle

Eu ando pelo mundo
e os automóveis correm para quê?
as crianças correm para onde?
transito entre dois lados de um lado
eu gosto de opostos
Exponho meu modo, me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto...

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
minha alegria, meu cansaço?
Meu amor, cadê você?
Eu acordei
não tem ninguém ao lado

Pela janela do quarto...

(Esquadros - autoria e interpretação de Adriana Calcanhotto)
genial.

_

espero melhoras..

sábado, 11 de outubro de 2008

E agora, Creusa?

O ódio de ontem se concretiza hoje, tornando-me patético. Eles dizem: nós devemos mudar, devemos deixar de ser arrogantes e de visar acúmulos para dar atenção aos necessitados. Necessitados somos nós, necessitados de reconhecimento e segurança, será isso tão subjetivo?
Emprego, e isso eu sei por experiência própria, tem sobrando! Atenção à saúde, às políticas públicas e aos programas sociais que beneficiam os menos favorecidos tem até demais! Pobre tem atenção, rico manda, o que nos sobra? Estamos nos tornando invisíveis.
Esqueça este papo de humanização. Ladrão, assassino, traficante e nós somos todos bichos. Mas se luta propriamente dita por sobrevivência não é permitida, que não seja também aos ladrões, assassinos e traficantes. Fazemos de tudo para sermos honestos perante uma sociedade falha e se saímos da linha somos 'devidamente' punidos, rigor que normalmente só se aplica à classe média. Fazemos de tudo para pagar o público (obrigação) e o privado (necessidade). É assim com a saúde, educação, transporte, segurança, infra-estrutura, aposentadoria.. Não é fácil, mas ninguém está vendo e ninguém está protestando! Não temos tempo pra isso?
Eu fui roubado, e isso me revolta. E se fosse com você, senhor politicamente correto? Você ainda compreenderia? Não me venha com ' ele não tem culpa, faz isso para sobreviver por estarmos numa sociedade capitalista'. Não fomos nós quem escolheu o capitalismo, mas sobretudo demos um jeito de nos adaptar a ele, trabalhando. Se há ou não um fato histórico de falta de condições, nossa culpa não é, e nem queremos saber de quem é.
Queremos condições básicas, para que possamos fazer com mais ânimo o que já fazemos. Não importa como, mas precisamos acabar com esses problemas sociais como a falta de segurança. Um tanto maquiavélico, mas necessário, e urgente.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

ODE AO ÓDIO

Ódio não passa de ranger de dentes:
sua própria dor de cabeça.
Ódio é somente travesseiro rasgado:
danos à sua propriedade.
Ódio não passa de gritos insanos:
sua própria imagem mal vista.
Ódio é somente pratos quebrados:
seu próprio dinheiro desperdiçado.
Ódio não passa de choro forçado:
lágrimas secas que sujam a cara.
Ódio passa.

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Obs.: existe cérebro em sala de aula!

sábado, 4 de outubro de 2008

Observar o circo pela vista do palhaço é interessante, porém, satura. Auto-estima? Não me recordo. Parte da lama, esgoto que flui. Lixo em resumo. Só aquela esperança sem razão que ironicamente ainda me motiva.
O vazio continua no seu devido lugar que não lhe é de direito. Menos alimentado, mas em momentos assim ele aparece. E foda-se sua crise, foda-se sua morte lenta, foda-se seu câncer latente. Esse meu arquivo morto sem procedentes não me sai da cabeça, e é assombrado periodicamente por insistência do meu nojo próprio e à minha face patética.
Despido de qualquer armadura, me entrego por inteiro para contemplar e festejar e mastigar e foder todas as minhas derrotas. Um brinde ao fracasso, patético.

Acordar. Lavar a cara. Recomeçar mais uma vez.



Mas o vazio continua aqui. Aqui. Dentro do organismo podre. Oco.

domingo, 28 de setembro de 2008

Uma das palavras mais difíceis de se traduzir no mundo: saudade. A falta que alguém/algo faz quando vai embora, morre. Inesperado, e passa. Rapidamente ou não. Com a presença daquilo que faltava, ou não.
Ontem eu senti saudades antecipadas, e não fui o único. Percebi como somos sempre dependentes e apegados às coisas e às pessoas.. de um jeito assutador. Isso me faz acreditar mais tanto no amor quanto na ambição, e principalmente na possessividade, pelo lado bom, ou não.
É inexplicável, dói, tudo lembra, desconcentra, chateia..
A pior saudade é aquela que foge do conceito. Saudade de alguém que vive do seu lado. E eu sempre me pergunto, quando a sinto: por que chegou a esse ponto? Mas são coisas da vida. E como diria Rita Lee, "alguém quando parte é porque outro alguém vai chegar", e qualquer sentido é válido.

Tô com pressa. Boa semana.

domingo, 21 de setembro de 2008

[des]amores [in]alcançados

[Brinque com o título e reflita. Pense não só nos jogos prefixais, mas em suas experiências.]

Sensação louca que sentimos,
Amor pela beleza e pelo prazer doem mais na hora do fim, e
Amor platônico passa sem sentir necessidade, sem abstinência: faz chorar, mas não maltrata.

Já é difícil gostar de si próprio, e se fosse possível algumas vezes já teria "terminado comigo mesmo". Mais complexo ainda é conviver com alguém. Deparamo-nos na maioria das vezes com duas guerras internas em conurbação, o que obviamente piora as coisas. Mas há quem diga que isso é possível, e eu imagino que seja, contanto que se tenha um estoque invejável de paciência, força de vontade, compreensão e, finalmente, perdão, que ao meu ver formam o arsenal da monotonia e da chatisse. Aliás se esse for o único meio, prefiro estar sozinho. E ao mesmo tempo com todos, ou todas as possibilidades.

Envolvimento profundo é sofrimento certo.

domingo, 14 de setembro de 2008

felicidade

tema batido mas muito questionado e discutido por todos... você é feliz? eu sou feliz? ou indo ainda mais longe, porque temos que ser felizes? por que o normal, o equilíbrio está na felicidade? o que seria esse estado de espírito? o que poderia te definir feliz?
perguntas temos várias, tente se responder...
ser feliz é coisa de momento. pode ser coisa rápida, pode passar, pode ser de véspera ou "era feliz e não sabia". Talvez devemos ser felizes, pois ser triste é fácil, ao contrário de ser feliz, e como qualquer valor em nossa sociedade, esse também não viria fácil. Muitos ficam felizes com pouco. Com objetos, quando amam, quando alcançam suas metas... ou simplesmente por estarem em situações melhores que as dos outros, pensamento um tanto egoísta e que deveria, sim, gerar tristeza, mas em fim, é assim que somos. Tenho andado um tanto longe desse sentimento, ou talvez tenho alcançado-o momentaneamente, porém rápido demais. Acho que estou feliz, e em alguns aspectos, como o profissional. Pensando agora e cheguei à conclusão de que a felicidade é uma estratégia ótima. O que seria do consumismo, se o normal fosse 'ser triste'? Não precisaríamos de mais nada. Ser feliz é uma meta que querem que alcancemos, mas querem também que essa sensação passe rápido, para buscarmos mais dessa tal felicidade.
Em fim, poderia falar milhões de coisas a respeito, e não chegaria à uma conclusão formada. Seguimos assim então, buscando por esse caminho na corda bamba, que nos faz tão bem: sejamos felizes!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

buenas!

porque eu tenho mil coisas pra dizer, e quando chego aqui esqueço todas.
posso começar falando aquilo que digo a todos..
posso dizer que eu faço publicidade e propaganda, amo artes cênicas, fico de cara com os problemas político-econômico-sociais; ainda serei jornalista e aprenderei a tocar teclado e piano

eu tento fazer alguma coisa de diferente, ou planejar coisas, ou pensá-las..
melhor do que não pensar (:

e aqui estarão meus registros de coisas que eu gostaria de dizer... (:

hoje é isso.