Mas quando bebo, lembro-me de algumas coisas. Àquela noite, tive más lembranças de você.
Quantos meses foram deixados desde então? E ainda não compreendo como isto aconteceu, não sei ao certo quando e nem de que maneira.
Eu deixei você pra trás. No começo, simbolicamente, não querendo você por inteiro: somente seu corpo. E dessa vez eu o tinha, não como antigamente que me deixavas à vontade. Talvez por um medo seu de me perder por inteiro. E depois, te deixei num ato simples. E sinto que aí foi nosso final: o triste final do nosso drama, e o início da minha nova liberdade.
Por quantas tentativas fracassadas eu lamentei? Quantos sonhos eu me obriguei a criar, sem nenhum sucesso e sempre voltando a você, com a alma suja e a cara envergonhada. Vergonha de mim mesmo, sem vergonha de você.
Tudo isso. Tudo pra nada. Foi naturalmente, assim como o meu fascínio repentino por você. Ah, quem me dera saber antes que esse seria o fim.
A falsa amizade é o que ficou, pateticamente. “Sem ressentimentos”, que ironia! Tenho pena de nós mesmos a qualquer contato que mantemos. É plástico, e não faz mais sentido.
Eu confesso que a vontade física até hoje me desperta alguma coisa, forte, da cabeça aos pés. Mas passa.
E tantas recordatórias somente pra te dizer que fui, sim, hostil àquela noite. Não quis ver você, e o sorriso amarelo foi nada mais do que cumprir as formalidades sociais. Nada proposital, entenda, é somente a lucidez do álcool. E receba um conselho: não confie mais em mim. Lembre-se também que eu não mordo mais suas iscas baratas, mas elas são estupidamente engraçadas para mim, portanto continue! Enfim, saiba que por mais complicado que ainda seja, eu já posso reconhecer quem você realmente é.
Não me importo mais, não quero que seja feliz nem triste, eu nem faço questão de que você seja. Pois isso pra mim já passou.
2 comentários:
Pqp, muito bom! *-*
"Por quantas tentativas fracassadas eu lamentei? Quantos sonhos eu me obriguei a criar, sem nenhum sucesso e sempre voltando a você, com a alma suja e a cara envergonhada. Vergonha de mim mesmo, sem vergonha de você.
Tudo isso. Tudo pra nada. Foi naturalmente, assim como o meu fascínio repentino por você. Ah, quem me dera saber antes que esse seria o fim.
A falsa amizade é o que ficou, pateticamente. “Sem ressentimentos”, que ironia! Tenho pena de nós mesmos a qualquer contato que mantemos. É plástico, e não faz mais sentido."
gostei muito do que aqui li e saiba que mais vezes virei ver, se for possível, hei de tentar compreender, a vontade da posse das palavras me transporta a ler e logo deixa exalar um sentido que não se pode esquecer.
(ai, quanta rimas toscas... hahaha)
abraço
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