quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

tem alguma coisa de bonito na tua cidade. alguma coisa entre a crueza do mundo e a depredação das coisas. entre o vulgar e o raro. pois deve ser isso do céu parecer mais perto do chão.

sábado, 9 de agosto de 2014

3. a gente só sabe o que procura quando de fato encontra.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

ordinária tragédia

1. a gente tava junto pra atravessar, a rua, no caso. aí veio um ônibus e não parou, eu parei, te vi correr pela faixa de pedestre, atravessou sozinho. resultado: você passou, o ônibus passou, eu fiquei parado pra sempre e nunca mais te vi. fim

2. aceitar a condição trágica, irremediável de ser somente aquilo que se pode ser.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

1. Passo um tempo com a tábua de passar

2. Quando não existe mais nenhuma estrada marcada no chão, qualquer direção pode se tornar um caminho novo.
 
3. Será que a morte é o único jeito de garantir a eternidade?

segunda-feira, 23 de junho de 2014

um pouco certo do nada

Agora me enche o peito um ar da tua boca/
e a minha boca solta um som de vai-e-vem de mar/
transborda os olhos com água salgada de lá/
por Deus e do teu hálito eu viveria a respirar/
e então morreria/

Tu és um poço daquilo que eu não sei/
pra conhecer se há de mergulhar/
no escuro do olho e no fundo do céu da boca/
despido de tudo que eu posso contar/
na surpresa da não espera que se faz saber/
junto pérola e migalha tentado te ver/

um pouco certo do nada/
por vezes duvido do tudo/
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terça-feira, 29 de abril de 2014

no agora do aqui
olhei no espelho
não me vi