Incapacidade. Falta de intensidade. Vida rápida. Medos.
Sinto que meus dias passam. Não como passam os seus. Mas como uma folha, em trajetória de desapego de uma árvore rumo ao chão: rápida e vã, despercebida entre tantas outras folhas no chão de um jardim. Sinto-me afogando na ampulheta, imóvel, tomado pela areia que a cada novo respirar me engole mais uma parte. Sinto o desespero perante a incapacidade (que criei) de não poder controlar as novas marcas que surgem sem parar por todo meu corpo.
Meus dias são privados, isolados, seqüelas de judiações que sofri e que presenciei calado. Além da super-proteção que me ensinou que se há algum risco, melhor não tentar. Hoje olho meus pais, e vejo que a ousadia da tentativa incerta é o que lhes faltou para serem felizes. Vejo também que estou tornando-me um deles. O medo do escuro me ata por inteiro, mas aguça todos os meus sentidos, que pedem uma, sequer uma tentativa. Sem resultados.
O meu interesse em ser aquilo que gostaria, em dominar o que me fascina, me torna impotente. Mas a repulsa em querer estar longe do que via nos espelhos do meu passado fala mais alto. Logo, não sou isto e nem aquilo. A incapacidade me fere feito furo de agulha. Forte, breve, mas sobretudo não mais se deseja sentir na vida. E por isso não costumo me arriscar.
E meu medo maior, gerador de meus suicídios tão freqüentes (materialização de minha fuga, afinal, não se pode sentir duas dores ao mesmo tempo; assim crio e contemplo mil chagas por toda minha parte) é a tentativa frustrada. A minha maior e melhor defesa é a palavra que disparo como tiro de arma, sempre que questionado. “Eu não dei o meu melhor, se quisesse, faria mais.” Mas toda defesa é contestada por quem a defende, em algum momento, no escuro, no silêncio, no vazio. “E o meu melhor, seria suficiente?”.
Sinto que meus dias passam. Não como passam os seus. Mas como uma folha, em trajetória de desapego de uma árvore rumo ao chão: rápida e vã, despercebida entre tantas outras folhas no chão de um jardim. Sinto-me afogando na ampulheta, imóvel, tomado pela areia que a cada novo respirar me engole mais uma parte. Sinto o desespero perante a incapacidade (que criei) de não poder controlar as novas marcas que surgem sem parar por todo meu corpo.
Meus dias são privados, isolados, seqüelas de judiações que sofri e que presenciei calado. Além da super-proteção que me ensinou que se há algum risco, melhor não tentar. Hoje olho meus pais, e vejo que a ousadia da tentativa incerta é o que lhes faltou para serem felizes. Vejo também que estou tornando-me um deles. O medo do escuro me ata por inteiro, mas aguça todos os meus sentidos, que pedem uma, sequer uma tentativa. Sem resultados.
O meu interesse em ser aquilo que gostaria, em dominar o que me fascina, me torna impotente. Mas a repulsa em querer estar longe do que via nos espelhos do meu passado fala mais alto. Logo, não sou isto e nem aquilo. A incapacidade me fere feito furo de agulha. Forte, breve, mas sobretudo não mais se deseja sentir na vida. E por isso não costumo me arriscar.
E meu medo maior, gerador de meus suicídios tão freqüentes (materialização de minha fuga, afinal, não se pode sentir duas dores ao mesmo tempo; assim crio e contemplo mil chagas por toda minha parte) é a tentativa frustrada. A minha maior e melhor defesa é a palavra que disparo como tiro de arma, sempre que questionado. “Eu não dei o meu melhor, se quisesse, faria mais.” Mas toda defesa é contestada por quem a defende, em algum momento, no escuro, no silêncio, no vazio. “E o meu melhor, seria suficiente?”.
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