terça-feira, 4 de novembro de 2008

Má fama

Sempre foi uma das minhas prediletas. É o que me vem à cabeça quando penso em gramática, matéria. Isso porque gosto das tão presentes regras, que fazem a gramática metódica e ao mesmo tempo estável e invariável, ou quase. Falando sobre sua natureza estável, quem não gosta de estabilidade? Ou deveria dizer, eu gosto de estabilidade.
Mas voltemos à gramática. Nela, nem tudo são flores. As tão odiadas exceções espalham a má fama da coitada da gramática. Mas convenhamos, a gramática é clara, o problema está nas exceções! As vezes até mais presentes que as regras, tiram o sono de qualquer estudante ou de qualquer vestibulando.
Outra pedra no sapato são as regras em desuso. Por exemplo, a mesóclise. O nome estranho já assusta, mas a aplicação causa mais pavor. “Levar-te-ei os documentos”. É o correto, mas poucos sabem disso, e os que sabem pouco utilizam. E vilãs como essa, a gramática tem várias. A crase, o uso do trema, entre outros que nos deixam cheios de dúvida e fazem a gramática ser tão mal falada.
Não sou um profundo conhecedor da nossa gramática e freqüentemente me vejo cheio de dúvidas quanto ao uso disto ou daquilo. Mas apesar disso (e não disto), e de todas as complicações que são postas à gramática, julgo importante conhecer a estrutura da nossa língua. Ouso dizer, ainda, que a má fama da gramática é coisa de faladores que não a conhecem bem.

Um comentário:

Cláudia I, Vetter disse...

Dizer-se-ia completamente bonita.

;)