Quando escrevo meu punho dói
Minhas veias, tendões, músculos, cartilagem, dedos.
Quando escrevo me faltam palavras
Quando escrevo eu acelero, fico tenso
Todavia quando leio, eu quero escrever.
Quando escrevo o céu aumenta
Vejo mais estrelas quando escrevo
E os sonhos parecem maiores
Porém o medo cala minha boca.
Quando falo, não sou lírico
Quando falo, me perco na rapidez dos movimentos
E ainda quando penso sou confuso e deslembrado
Mas quando escrevo, digo o que quero e do jeito que eu quero.
Quando escrevo eu formalizo
E sem vergonha de fazê-lo: contrário.
Quanta ironia: um paradoxo
Garotos que emudecem,
Falam muito e falam bem,
Caneteando, digitando, anotando, rabiscando, desenhando:
Diga pouco,
para que um dia digam de você,
que tudo que você dizia
era coisa bonita de ser dita.
_
"tô bróxa", minha gente, estou "bróxa"!
5 comentários:
Eita! :/
Mas que bonito.
Melhoras ;*
essas palavras todas, na boca calada alargam o céu e aguçam a vista por estarem tão internas, no céu imenso que a tua boca abriga.
a metáfora (minha, tenta ser) é bonita.
wake up!
;****
assim que falo, viro as costas.
e depois disso já não tenho mais as palavras como minhas.
abraço, marc
Me permita dizer que adorei seu texto...
Vejo mais estrelas quando escrevo.
Nossa me emocionou,muito lindo.
Grande beijo.
Postar um comentário