Olha: depois de três anos convivendo num mesmo corpo, o meu, que era habitado simultaneamente por um sentimento dominador e obsessivo... acho que por mais que os erros tenham se repetido um pouco ainda hoje, eu ainda posso falar que aprendi alguma coisa. Durante três anos eu quis renegar, eu quis me entregar, eu quis morrer, e no fim das contas, quando o sábado terminava e tudo aquilo acontecia de novo, quando eu não fazia a menor ideia de onde você poderia estar, quando eu ouvia em gritos todas as possibilidades de maus acontecimentos e não conseguia dormir... eu aprendi. Eu aprendi, acima de tudo que qualquer situação é aceitável. Mesmo no escuro, os nossos olhos podem se adaptar, nossas mãos podem tatear... é uma questão de tempo, até que o vulcão vire pedra, uma parte, uma marca, uma cicatriz. Hoje é isso, você foi a minha maior cicatriz, o motivo de uns textos.
Hoje eu sei que o sentimento dentro de mim é outro, eu sou outro também. A maneira que ele me acorda, num sussurro magoado, não é o grito assustador de outrora. Percebi que a minha sensibilidade continua bonita quando eu amo, e percebi quando eu quis correr atrás da lua, brilhante, gorda! Mas às vezes dói, e eu não sei se vale a pena passar sem amor, ou amar sem resposta. Mas hoje isso não é uma escolha.
Eu te amo, mas eu faço meus dias passarem. Eu dou vida aos outros na minha vida, eu sorrio com o sorriso dos meus. Eu acho que eu to em sintonia, talvez. Hoje eu aprendi a te amar, por te amar. Hoje eu aprendi a te ver, só com um olhar protetor, pra que nada te faça mal. E quando eu te olhar, não repreenda; eu só to te protegendo com o meu olhar bobo, de quem ama. Não dói tanto saber que tu não me amas, eu aprendi a conviver com isso, durante três anos... Hoje o mundo é maior e enquanto eu te amo o tempo passa, e a mudança vem com o vento que sopra frio, hoje, na janela.
Hoje eu sei que o sentimento dentro de mim é outro, eu sou outro também. A maneira que ele me acorda, num sussurro magoado, não é o grito assustador de outrora. Percebi que a minha sensibilidade continua bonita quando eu amo, e percebi quando eu quis correr atrás da lua, brilhante, gorda! Mas às vezes dói, e eu não sei se vale a pena passar sem amor, ou amar sem resposta. Mas hoje isso não é uma escolha.
Eu te amo, mas eu faço meus dias passarem. Eu dou vida aos outros na minha vida, eu sorrio com o sorriso dos meus. Eu acho que eu to em sintonia, talvez. Hoje eu aprendi a te amar, por te amar. Hoje eu aprendi a te ver, só com um olhar protetor, pra que nada te faça mal. E quando eu te olhar, não repreenda; eu só to te protegendo com o meu olhar bobo, de quem ama. Não dói tanto saber que tu não me amas, eu aprendi a conviver com isso, durante três anos... Hoje o mundo é maior e enquanto eu te amo o tempo passa, e a mudança vem com o vento que sopra frio, hoje, na janela.