
sensação
sen-s-ação
sem ação.
Vontade. VON-TA-DE. É bom até de falar. Por sinal, quando essa está em minha mente, sinto minha boca mais molhada que o normal: é a vontade, exigindo lubrificação para poder passar e sair de minha boca, e se tornar palavra. Exigência que está longe de ser recusada.
Vontades. Secretas, deliciosas, indesejadas, realizadas, bizarras, nojentas, escondidas, provocadoras, insones, prazerosas, pecaminosas, aliciantes e tudo que se puder sentir, elas serão a alguém, algum dia.
E meus olhos se abrem não comumente, de um mesmo jeito que minha pupila se dilata e na mesma rítmica que meu coração acelera, tão veloz que posso ouvi-lo sem querer. São minhas vontades que de tão ocultas e ocultadas, periodicamente quando se tornam insuportáveis, queimam-me o peito, fazem arder os pontos de prazer e de pecado e torturam minha cabeça, fazendo desse mal e bem estar, súplicas por realização.
Afinal, de que seriam as realizações sem as vontades? O prazer não seria tão prazer, e a vitória não teria este sabor de orgasmo. Entretanto, de que seriam também as vontades sem as realizações? Pergunte-me.
2 comentários:
Minha única vontade agora é de fugir.
Sem pensar nos prós e contras, sem pensar porque. Só ir embora sem ninguém atrás, e nada na mala.
Quando agente se questiona, já há uma proposta de respota; a necessidade é quem funciona. Uma hora, ou outra.
;*****
Até breve1
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