terça-feira, 11 de novembro de 2008

vontades


sensação

sen-s-ação

sem ação.


Vontade. VON-TA-DE. É bom até de falar. Por sinal, quando essa está em minha mente, sinto minha boca mais molhada que o normal: é a vontade, exigindo lubrificação para poder passar e sair de minha boca, e se tornar palavra. Exigência que está longe de ser recusada.


Vontades. Secretas, deliciosas, indesejadas, realizadas, bizarras, nojentas, escondidas, provocadoras, insones, prazerosas, pecaminosas, aliciantes e tudo que se puder sentir, elas serão a alguém, algum dia.


E meus olhos se abrem não comumente, de um mesmo jeito que minha pupila se dilata e na mesma rítmica que meu coração acelera, tão veloz que posso ouvi-lo sem querer. São minhas vontades que de tão ocultas e ocultadas, periodicamente quando se tornam insuportáveis, queimam-me o peito, fazem arder os pontos de prazer e de pecado e torturam minha cabeça, fazendo desse mal e bem estar, súplicas por realização.


Afinal, de que seriam as realizações sem as vontades? O prazer não seria tão prazer, e a vitória não teria este sabor de orgasmo. Entretanto, de que seriam também as vontades sem as realizações? Pergunte-me.

2 comentários:

Karina Buzzi disse...

Minha única vontade agora é de fugir.
Sem pensar nos prós e contras, sem pensar porque. Só ir embora sem ninguém atrás, e nada na mala.

Anônimo disse...

Quando agente se questiona, já há uma proposta de respota; a necessidade é quem funciona. Uma hora, ou outra.

;*****

Até breve1