A minha caixa de coisas velhas, que estava escondida e proibida, em qualquer canto, caiu: rompeu-se diante dos meus pés e contra minha vontade. Todas as músicas, as sensações, os filmes de horror que só existiram em minha mente, as visões surreais do mundo, o choro, o desespero, os braços e o coração trêmulos, vieram à tona novamente. E tudo isso volta a fazer sentido pra mim agora. Ouço as músicas e canto suas letras de desamor e volto a sentir realmente o que eu sentia há meses.
A espera e a expectativa também voltaram. A febre de rejeição sequer decifra minhas portas fechadas: toma-me e desrespeita o mecanismo de minhas portas, me trancando de qualquer outra coisa se não minha dor: como se nada além disso tivesse importância. E os disfarces ficam vãos. E a atenção é toda sua e as palavras em volta soam estrangeiras, sem sentido. As outras pessoas perdem a importância. Os acontecimentos perdem a importância. Eu perco a importância – e o sentido também.
Não queria culpá-la, mas a culpo. Afinal, se não é minha responsabilidade, deve ser sua, neste jogo a dois. Culpa de suas meias palavras e de suas brincadeiras (não) intencionais. Culpa de seu complexo de fênix: você some assim que pode e reaparece quando precisa, coincidentemente, momento em que quem não precisa mais, sou eu, de você.
Pelo menos achava que não precisava. Mas a caixa onde eu guardei, com todas as dificuldades, todas as músicas, as sensações, os filmes de horror que só existiram em minha mente, as visões surreais do mundo, o choro, o desespero, os braços e o coração trêmulos, inflamou. Meu intento era apagá-la da minha memória, era esquecer aquilo que eu nunca mais desejei lembrar. Mas a verdade é que eu não consigo te odiar, com força, e a minha maior fuga surge quando penso que eu ainda te amo.
A espera e a expectativa também voltaram. A febre de rejeição sequer decifra minhas portas fechadas: toma-me e desrespeita o mecanismo de minhas portas, me trancando de qualquer outra coisa se não minha dor: como se nada além disso tivesse importância. E os disfarces ficam vãos. E a atenção é toda sua e as palavras em volta soam estrangeiras, sem sentido. As outras pessoas perdem a importância. Os acontecimentos perdem a importância. Eu perco a importância – e o sentido também.
Não queria culpá-la, mas a culpo. Afinal, se não é minha responsabilidade, deve ser sua, neste jogo a dois. Culpa de suas meias palavras e de suas brincadeiras (não) intencionais. Culpa de seu complexo de fênix: você some assim que pode e reaparece quando precisa, coincidentemente, momento em que quem não precisa mais, sou eu, de você.
Pelo menos achava que não precisava. Mas a caixa onde eu guardei, com todas as dificuldades, todas as músicas, as sensações, os filmes de horror que só existiram em minha mente, as visões surreais do mundo, o choro, o desespero, os braços e o coração trêmulos, inflamou. Meu intento era apagá-la da minha memória, era esquecer aquilo que eu nunca mais desejei lembrar. Mas a verdade é que eu não consigo te odiar, com força, e a minha maior fuga surge quando penso que eu ainda te amo.
3 comentários:
foosteps.
ouça essa música da pearl jam, e ao entender a letra, eu sei oque tu dizes.
;****
Pelo menos achava que não precisava. Mas a caixa onde eu guardei, com todas as dificuldades, todas as músicas, as sensações, os filmes de horror que só existiram em minha menteeuuu que massa..
Meu nem presciso dizer mais nada perfeitoooooooooooooooo
...E as mãos suam, os olhos procuram o que não olhar...
O texto é lindo!
Postar um comentário